Núcleo de Formação de Mediadores de Leitura
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Lendo Histórias
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Léia Cassol na Estadual de Ensino Médio Professor Sarmento Leite
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Lendo pra Valer/Fome de Ler na EEEF Albino Hackmann (Guaíba)
No último dia 19 de novembro, a EEEF Albino Hackmann, em Guaíba, recebeu a visita da Cia Crakety, que encenou "As aventuras do avião vermelho" de Erico Verissimo. A partir da leitura dos livros de Erico, os alunos também produziram dramatizações da sua obra e apresentaram aos colegas. No dia do encontro, depois da apresentação da Cia Crakety, a escola propôs à comunidade uma “Hora de Leitura” e visitar a exposição de trabalhos dos alunos. A professora Adriana, da EEEF Albino Hackmann, em Guaíba, nos contou que "mesmo não conhecendo o autor pessoalmente, os alunos pareciam ter intimidade ao falar do "Érico" e suas obras.", revelando que a leitura sempre é o mais importante. No blog da escola, há fotos do encontro. Para conhecer um pouco do trabalho da Cia Crakety, acesse o vídeo aqui.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Nesta semana, estamos organizando os relatos dos autores e das escolas e, em seguida, vamos postá-los no blog. Uma coisa já se pode adiantar: todos ressaltaram o trabalho primoroso e comprometido com a questão da leitura nas escolas.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Pé de Histórias
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Lendo pra Valer/Fome de Ler: André Neves na EEEF Antônio Francisco Lisboa
Alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental da EEEF Antônio Francisco Lisboa receberam a visita do autor André Neves no dia 28 de agosto. As turmas conversaram com André, apresentaram suas produções - dentre elas, recriações de obras do autor, como "A caligrafia da Dona Sofia" e "Casulos". O trabalho envolveu 170 alunos, e foi coordenado pela professora Mabel Luiza Leal Vieira.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Programas de Leitura Lendo pra Valer e Fome de Ler na EEEM Barão do Amazonas (Canoas)
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Programa de Leitura Lendo pra Valer na EEEF Padre Darcy Fernandes em Sapucaia do Sul
terça-feira, 14 de setembro de 2010
BOOKTRAILERS
O site Booktrailer hospeda lançamentos literários.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
A FASE adolescente: violência e liberdade em eventos de letramento - Solange Carvalho de Souza
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Tessituras: Projeto de Leitura “Planeta em Harmonia”
Responsáveis:
Bibliotecárias: Silvane R. Manhago, Lilian A. Pinheiro, Suzana Carrasco
Professoras: Maira Regina Schossler, Rosana.
- Despertar nas crianças a consciência ecológica;
- Sensibilizar os alunos diante dos diversos reflexos negativos consequentes ao
desequilíbrio do meio-ambiente;
- Estimular mudanças de hábitos e desaceleração do consumo e desperdício;
- Realizar um trabalho em conjunto com o Laboratório de Informática.
Na entrada do Setor Infantil estarão expostos, dentro de caixinhas sinalizadas, os livros de literatura infantil previamente selecionados, de acordo com os assuntos do programa.
ROCHA, Ruth. O Macaco bombeiro. São paulo: Salamandra, 2006.
ROCHA, Ruth. Vivinha, a baleiazinha. São Paulo: Salamandra, 2007.
CASSOL, Léia; SIEGLE, Vitor. Férias na floresta. Porto Alegre: Cassol, 2007
CAVION, Elaine Pasquali. Formigas. São Paulo: Paulus, 2009.
RIBEIRO, Jonas. Faniquito e siricutico no mosquito. 7.ed. Rio de Janeiro: Elementar, 2009.
RIBEIRO, Jonas; NEVES, André. A gargalhada de alegria de Dona Ecologia. 5. ed . São Paulo: Elementar, 2007.
Paralelo a estas atividades, durante as aulas no laboratório de informática, os alunos serão orientados a acessar um link criado para o projeto. Esta ferramenta será usada pelos alunos para escrever sobre as leituras na biblioteca, contando o que mais gostaram e o que puderam aprender. Tudo espontaneamente. A equipe da biblioteca também propõe que os alunos respondam a seguinte pergunta:
5. CRONOGRAMA
Início das atividades: agosto/2010
Revisão das atividades: final do trimestre
Conclusão dos trabalhos: outubro/2010
Encerramento: 03//2010
6. CONCLUSÃO
A proposta deste projeto visa desenvolver a criatividade e a constante integração dos alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental com a literatura infantil, bem como, um maior aproveitamento e interesse dos alunos durante o horário programado para a hora da leitura na biblioteca.
7. REFERÊNCIAS
BALDI, Elizabeth. Leitura nas séries iniciais: uma proposta para formação de leitores de literatura. Porto Alegre: Ed. Projeto, 2009.
SIMÃO, Maria Antonieta Rodrigues; SCHERCHER, Eroni Kern; NEVES, Iara Conceição Bitencourt. Ativando a biblioteca escolar: recursos visuais para implementar a interação biblioteca-usuário. Porto Alegre: Ed. Sagra Luzzatto, 1993.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
A Hora de Ler Clarice
Os encontros do ciclo Hora de Ler Clarice ocorrerão nos dia 9 e 10 de novembro, às 19h, no Espaço do Educador da Biblioteca do Cais (Armazém A1 do Cais do Porto).
Através da discussão das obras lidas, mediada por leitoras-guia, o ciclo se propõe a formar uma rede de professores-leitores e a motivá-los a multiplicar a experiência em outros espaços.
Dia 9 – O primeiro beijo, Felicidade Clandestina e Via crucis (contos)
Leitora-guia – professora Zilá Mesquia
Dia 10 – Água Viva (romance)
Leitora-guia – professora Jane Tutikian
Os professores interessados em participar desta experiência devem se inscrever através do e-mail visitacaoescolar@camaradolivro.com.br, informando nome completo, e-mail e telefones.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
2 filmes, no cinema e em casa
Gru (Steve Carell) é um supervilão que duela com Vector (Jason Segel) para ter o posto de o mais malvado. Para vencer a disputa, ele decide roubar a Lua. Só que terá que enfrentar três órfãs, que estão sob os seus cuidados e não podem ser abandonadas.
Site: http://www2.paramountpictures.com.br/meumalvadofavorito/site/
FILME (em casa): Pequenas Histórias
Na varanda de uma fazenda, uma senhora conta histórias ao mesmo tempo em que corta e costura retalhos de pano, criando imagens ilustrativas dos contos. São quatro histórias de humor e magia, com personagens e lendas do imaginário brasileiro.
O casamento do pescador com a Iara, sereia dos rios. O coroinha de uma igreja que vê a procissão das almas. O encontro entre um Papai Noel de loja e um menino de rua e as aventuras de Zé Burraldo, sujeito ingênuo que sempre se deixa levar pelos outros. Histórias brasileiras para pequenos e grandes.
Site:www.pequenashistorias.com.br
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
O que é Literatura?
2. "Reflexões sobre a Literatura" - texto retirado dos Referenciais Curriculares da Secretaria Estadual de Educação do Estado do RS.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Apresentação de projetos de leitura - No Pé da Poesia
O projeto “No Pé da Poesia” pretende possibilitar às crianças o conhecimento de textos poéticos, levando-as à motivação e ao interesse para ouvir, ler e escrever poesias.
Pretende-se a parceria com a biblioteca da escola no sentido de implementação e planejamento de espaços criativos e realização de atividades como saraus poéticos e dramatizações.
A culminância deste projeto se dará com a visita do autor à escola.
Objetivos
- trabalhar o significado da palavra poesia;
- aumentar a familiaridade da poesia com os alunos;
- desenvolver habilidades para reconhecimento e diferenciação do texto narrativo e do texto poético;
- despertar a vontade de ler poemas e fazer dessa leitura um hábito;
- criar poemas;
- realizar dinâmicas de leitura na Biblioteca;
- motivar o aluno a frequentar a Biblioteca.
Público-alvo: alunos do 2º e 3º ano das séries iniciais
Período de Realização: seis meses
Autor escolhido: Kalunga
Desenvolvimento das ações do Projeto
O estudo e trabalho com as obras do autor serão tranversalizadas com as outras áreas do conhecimento:
- A questão do corpo
- Escrita das palavras
- Questão matemática
- Calendário dos aniversariantes da turma
- Alimentos (tipos, vitaminas, importância)
- Limites temporais: início, meio e fim
- Higiene - princípios
- História dos nomes dos alunos
Atividades
- Leitura socializada das obras
- Hora da Biblioteca
- Produção de textos poéticos
- Dramatização
- Sarau literário
- Produção de fantoches
- Confecção de marcadores de página para a biblioteca da escola.
No Pé da Poesia...
- Transcrição das poesias criadas pelos alunos em folhas no formato do pé
- Montagem no chão da escola de um caminho com as pegadas que levará a Biblioteca
- Lançamento do livro com os textos produzidos pelos alunos, com sessão de autógrafos
- Exposições dos trabalhos elaborados (fantoches, marcadores de página, etc.)
- Visita do autor
- Visita à Feira do Livro de Porto Alegre
Resultados esperados
Espera-se com este trabalho que as crianças aumentem a freqüência de visitas à biblioteca da escola, ampliando o volume de empréstimos de livros para leitura em casa. Ao final das atividades, espera-se também que os alunos passem a ler poesias com maior interesse e fluência, e que eles estejam estimulados a buscar outros tipos de textos, e outros gêneros literários.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Revista Nova Escola: Leitura Literária
terça-feira, 20 de julho de 2010
São Leopoldo – 2009
Contato com a Obra Literária e o Escritor
Justificativa: iniciativas isoladas por parte de alguns professores → gosto e prazer pela leitura.
* livros à disposição em sala de aula;
* obrigatoriedade de leituras bimensais;
* leituras do “Ler é saber”.
Dificuldades: sistematizar ações para formar um aluno leitor e orientar professor mediador de leitura.
LeiturAção = via de acesso da escola para concentrar esforços e evidenciar resultados mais concretos na área da leitura.
Objetivo geral: Desenvolver atividades articuladas de leitura de livros literários e promover o encontro dos alunos com autores contemporâneos gaúchos, a fim de favorecer uma interlocução entre os sujeitos envolvidos nas variadas práticas sociais de leitura e de produção textual.
AUTOR ESCOLHIDO: CAIO RITER
LIVROS INDICADOS
• Um reino todo quadrado
•O rapaz que não era de Liverpool
• Debaixo de mau tempo
•Eduarda na barriga do dragão
•O fusquinha cor- de- rosa
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS no ENSINO FUNDAMENTAL
- Apresentação da proposta e dos livros;
- Leitura, em aula, de capítulos iniciais – obras: O rapaz que não era de Liverpool e Debaixo de mau tempo;
- Leitura em casa, mediante rodízio de empréstimos;
- Organização de uma entrevista a ser produzida com o escritor;
- Seleção e preparação de um Comitê de Recepção para o visitante;
- Pesquisa sobre a biografia do autor, suas obras, principalmente O rapaz...(EVAM);
- Visita ao blog do autor e postagens de comentários sobre a obra lida;
- Elaboração de uma notícia sobre a vinda ao autor à escola;
- Levantamento sobre as temáticas desenvolvidas nas obras;
- Avaliação sobre o projeto.
Levantamento: temas abordados
Debaixo de mau tempo: amor, sexualidade, relacionamento familiar, diferenças de classes sociais, amizade e morte.
O escritor CAIO RITER comenta seus livros cara a cara com os jovens
[...] Caio Riter está passando nas escolas e esclarecendo dúvidas de muitos leitores, que ficam encantados ... assim, acaba incentivando jovens a ler e a, talvez, serem futuros escritores.[...]
Visitante ilustre nos cinqüenta anos do Gusmão
A visita do escritor é o resultado de um movimento da Secretaria ... Através do projeto...que tem como seu principal objetivo fazer com que os jovens tenham prazer e vontade de mergulhar cada vez mais fundo na aprendizagem que os livros podem trazer. (Bruna Ferreira 7S1)
Caio Riter em São Leopoldo
[...] Seus livros fazem bastante sucesso entre os adolescentes, pois ele expressa em suas histórias, as confusões e os sentimentos que passamos na adolescência, tendo uma linguagem leve e descontaída.(Júlia – 7S1)
Apresentação do projeto LeiturAção em São Leopoldo e desdobramentos nas EMEFs Gusmão Britto e Salgado Filho
São Leopoldo - 2009
Profissionais envolvidos: professores de Língua Portuguesa (Marisa Rost, Heloisa Cezarotti, Cláudia Cristina Luft e Luciane Araujo Hoefel), professor do 1º Ano (Sandra Muller), professores de Artes (Nara Locattelli e Thaís Iriocilda), professor de Inglês (Deise), professor do EVAM (Cláudia Dias) e professor de Ciências (Madalena).
Autor escolhido: Caio Riter
Obras trabalhadas:
•Debaixo de mau tempo
•O rapaz que não era de Liverpool
•Um mundo todo quadrado
•Eduarda na barriga do dragão
•O fusquinha cor- de- rosa
•Meu pai não mora mais aqui
Descobrindo o escritor
Debaixo de mau tempo em São Leopoldo
Meu livro Debaixo de mau tempo (Artes e Ofícios) tem atiçado o coração de jovens leitores da EMEF Salgado Filho, de São Leopoldo. Indicado pelas professoras, ele tem feito com que muitos adolescentes me escrevam mensagens falando sobre o livro e sobre a expectativa de se encontrarem comigo. Gosto destes encontros, afinal, todo o escritor deve ir aonde seu leitor está, ainda mais quando esses leitores são um grupo de pessoas a fim de entender mais um pouco os caminhos da ficção. Abaixo, transcrevo a cartinha que recebi da Dhéssica Stoffel, que mostra a necessidade de que a leitura orientada pela emoção invade as salas de aula.Oi, na minha escola, com a professora Luciane, estamos lendo o livro DEBAIXO DE MAU TEMPO. Ela nos falou que virás visitar nossa escola. Estamos à sua espera. Nós, jovens, hoje em dia, não somos mais tão motivados. Me interessei pelos teus livros, pois eles fazem termos vontade de ler mais e mais. A professora Luciane sempre está nos motivando e o jeito como ela conta as histórias faz como se estivéssemos vivenciando esta situação. Bom, estou curiosa para te conhecer e saber como consegue fazer como jovens como eu tenham vontade de ler mais e mais. De um jeito encantador, faz como se a gente tivesse entrado na história.Te agradeço desde já. E estamos a sua espera em nossa escola. Dhéssica Stoffel.
Postado por Caio Riter às 15:56 7 comentários
Gêneros textuais trabalhados:
• Autógrafo
• Dedicatória
• Poema
• Música
• Ilustrações
• Mapa
• Romance
Produções/Atividades desenvolvidas:
- Transcrição do último capítulo;
- Roteiro de leitura das obras;
- Ilustrações;
- Criação de mandalas a partir de observação e indagações a respeito da capa da obra “Meu pai não mora mais aqui”;
- Atividades de leitura “O rapaz que não era de Liverpool” na aula de Língua Inglesa;
- Leitura do livro "Eduarda na barriga do dragão" para alunos do 1º Ano;
“Acredito que cada vez que saímos de um livro, saímos diferentes, mesmo que não o notemos.” Caio Riter
quinta-feira, 15 de julho de 2010
DICA: Especialização em Literatura Infantojuvenil
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Como elaborar um projeto de leitura - Ana Paula Cecato
- Qualidade estética da obra: elaboração da linguagem literária, pertinência temática, ilustração, projeto gráfico-editorial;
- Interesses de leitura dos alunos, conforme faixa etária;
- Relação, diálogo que a obra estabelece com outras, não necessariamente literárias (intertextualidade).
Questões para reflexão da equipe da escola ao realizar o projeto de leitura:
• Qual o conceito de Literatura Infantil e Juvenil que fundamenta o trabalho de leitura?
• Quais os temas da obra do autor são pertinentes ao trabalho de leitura?
• Como está orientada a visita do autor na escola? /Qual será o formato do encontro?
( ) bate-papo com alunos
( ) bate-papo com educadores
( ) bate-papo com a comunidade escolar
( ) apresentação das produções dos alunos
( ) palestra do autor sobre assunto previamente determinado
( ) Outro formato. Qual?
• Quais as disciplinas do currículo estão envolvidas no trabalho de leitura?
• Quais os livros dos autores serão lidos?
• Que estratégias/modalidades de leitura serão utilizadas (socializada, individual, em voz alta...)?
• Qual o caráter das produções (sarau, peça de teatro, ilustrações – técnicas?, produções textuais, recriações da obra)?
• Em que turno (manhã, tarde ou noite) será realizado o encontro?
• Quais as séries e turmas que manterão encontro com o autor?
• Além dos seus educadores e alunos, há envolvimento de outros membros da comunidade escolar? De que forma isso acontece?
• A escola estabelecerá contato prévio com o autor, por e-mail ou telefone, para acertar o formato do encontro?
quinta-feira, 1 de julho de 2010
LIVRO DE IMAGEM - Laura Castilhos
Ilustrar apenas com imagens um trecho do conto Velha História de Mario Quintana (Livro Sapato Florido).
Velha história
Era uma vez um homem que estava pescando, Maria.
Até que apanhou um peixinho! Mas o peixinho era tão pequeninhinho e inocente, e tinha um azulado tão indescritível nas escamas, que o homem ficou com pena. E retirou cuidadosamente o anzol e pincelou com iodo a garganta do coitadinho. Depois guardou-o no bolso traseiro das calças, para que o animalzinho sarasse no quente. E desde então ficaram inseparáveis. Aonde o homem ia, o peixinho o acompanhava, a trote, que nem um cachorrinho. Pelas calçadas. Pelos elevadores. Pelos cafés. Como era tocante vê-los no “17”!-o homem, grave, de preto, com uma das mãos segurando a xícara de fumegante moca, com a outra lendo jornal, com a outra fumando, com a outra cuidando do peixinho, enquanto este, silencioso e levemente melancólico, tomava laranjada por canudinho especial...
Ora, um dia o homem e o peixinho passeavam à margem do rio onde o segundo dos dois fora pescado. E eis que os olhos do primeiro se encheram de lagrimas. E disse o homem ao peixinho:
“Não, não me assiste o direito de te guardar comigo. Por que roubar-te por mais tempo ao carinho do teu pai, da tua mãe, dos teus irmãozinhos, da tua tia solteira? Não, não e não! Volta para o seio da tua família. E viva eu cá na terra sempre triste...”
Dito isto verteu copioso pranto e, desviando o rosto, atirou o peixinho na água. E a água fez um redemoinho, que foi depois serenando, serenando... até que o peixinho morreu afogado...
LIVRO DE IMAGEM - Laura Castilhos
DEFINIÇÃO
Luis de Camargo
São livros sem texto.
As imagens é que contam as histórias.
Os livros com pouco texto, em que o papel principal cabe à ilustração, também podem ser chamados de livros de imagens.
Outras definições para definir o livro de imagens:
Álbum de figuras.
Álbum ilustrado
História muda
História sem texto,
Texto visual
Livro sem palavras (Hanna Webb, autora e ilustradora)
Peter O’Sagae
Estatuto triplamente incerto:
É literatura? (Coelho 1981)
Subgênero da literatura infantil (Ceccantini 2004)
Subproduto do livro para crianças (Necyk 2007)
Livro sem texto (FNLIJ 1981)
Narrativas imagéticas (Mokarzel 1998)
4 TIPOS DE LIVROS DE IMAGEM (Peter O’Sagae)
1. livro de imagem informativo de caráter referencial e descritivo, apresenta cenas e objetos do chamado mundo real (informação unívoca)
2. livro de imagem ilustrativo (rememorativo?) que traz cenas de uma narrativa conhecida pelo leitor e não possui solução de continuidade visual
3. livro de imagem narrativo é um gênero próprio da literatura infantil brasileira que usa (e abusa) da informação estética, ambígua e ficcional.
4. apresenta um encadeamento descontínuo e tem rememorado velhos contos populares eternizados por escritores de todas as épocas; em suas páginas, surge uma sucessão de quadros, um após o outro, de modo bastante arbitrário, separados por elipses temporais.
POSSÍVEL ORIGEM DO LIVRO DE IMAGEM (Marilda Castanha)
Bíblia dos pobres , Bíblia pauperum. Bíblia ricamente ilustrada, com texto, e cara. Ficavam expostas nas igrejas da idade média. Sequência de imagens e riqueza de detalhes permitia que as pessoas acompanhassem o que estava escrito.
CARACTERÍSTICAS DO LIVRO DE IMAGEM
1. Leitura imagética ou visual (diferente da leitura textual).
Oferece experiência estética para crianças, acostumadas com a imagem fugaz e fragmentada das mídias eletrônicas.
2.Possibilita o conhecimento dos elementos da linguagem visual: Linha, textura, planos, volumes (luz e sobra), cor, composição.
3. Leitura do livro depende do olhar do espectador (olhar é uma experiência individual, ainda que exista uma sintaxe visual, ela tem regras menos fixas que a sintaxe gramatical).
4. Caráter transgressor: Uma primeira faceta transgressora do livro de imagem reside no fato de ser um produto da literatura gerado sem o uso da escrita. (portanto para muitos é considerado um sub-produto da literatura, um livro menor, a pesquisa sobre este gênero de literatura no Brasil é incipiente).
5. A história propriamente é contada por imagens. Sem texto.
6. Simplicidade da história síntese.
7. É recomendável que não haja ambigüidade no texto.
8. Total domínio da história por parte do escritor.
O LIVRO DE IMAGEM NO BRASIL
Pode-se considerar, ainda nos dias de hoje, pouco popular no Brasil.
Por quê: Criar um livro de imagem é tarefa difícil (Peter O’Sagae)
Duas grandes editoras brasileiras tem apenas 2 livros de imagem, cada uma delas no seu catálogo/2010 (Projeto e Cosac&Naify):
Ida e Volta - 1º Livro de imagem brasileiro, Primor, 1976.
Primeiramente editado na Holanda/Alemanha, França, Holanda e
Itália.
1985 – 113 livros de imagem foram produzidos no Brasil (Camargo)
de imagens editados no Brasil.
2001 – 153 livros de imagem foram produzidos no Brasil (Ferraro)
1981- FNLIJ / Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil passa a premiar os melhores livros sem texto realizados a cada ano (Prêmio Luís Jardim).
1981 – Eva Furnari, Coleção Peixe-Vivo. Ática
- Juarez Machado, Ida e volta. Primor (atualmente Agir)
1982 - Eva Furnari, A bruxinha atrapalhada. Global. (Coleção Só Imagem)
1983 - Eva Furnari, Filó e Marieta. Paulinas.
1984 – Outra Vez, Ângela Lago, Miguilim
Outros autores premiados pela FNLIJ (livro de Imagem)
Graça Lima, Marilda Castanha, Roger Mello, Istvan Banyai, Nelson Cruz, André Neves, Rui de Oliveira, etc.
Bibliografia
Marilda
Peter O’Sagae - http://www.slideshare.net/dobrasdaleitura/como-e-porque-difcil-ler-livros-de-imagem-1601360
Ângela Lago - Cântico dos cânticos
Rui de Oliveira
Luis de Camargo
Martin Salisbury
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Dica de site
segunda-feira, 7 de junho de 2010
POESIA E INFÂNCIA - Gláucia de Souza
(Poesia: infância da humanidade)
•Poesia e poema: o que são?
•Existem poemas para crianças?
•Que tipos de poemas estão presentes na infância?
Existem poemas para crianças?
•A relação entre escola e poema também esteve presente no nascimento da poesia endereçada à infância no Brasil.
•De professores-poetas e poetas-professores a poetas foi um longo caminho.
Qual o primeiro contato que se tem com a poesia?
Que tipos de poemas estão presentes na infância?
•Cantigas (de ninar e de roda);
•Parlendas (brincos, mnemônias e parlendas propriamente ditas);
•Adivinhas;
•Ex-libris;
•Quadras populares.
•Cantos entoados para embalar as crianças;
•Melodias suaves e sentimentos nem tanto;
•Repetições (refrão);
•Ambiência propícia ao sono está na melodia e na suavidade da voz.
Exemplos: Nosanina.
Cantigas de roda
•São a junção entre poema, música e dança (palavra, voz e corpo);
•Muitas possuem coreografia;
•Melo as divide em cinco grupos: cantigas amorosas, cantigas satíricas, cantigas imitativas, cantigas religiosas e cantigas dramáticas.
Parlendas
•Brincos: são ditos pelo adulto para a criança e têm relação com o corpo dessa;
•Mnemônias: têm por finalidade ensinar ou facilitar a memorização;
•Parlendas propriamente ditas: são brincadeiras com palavras feitas pelas crianças e que circulam entre elas.
Adivinhas, ex-libris e quadras populares
•Adivinhas: poemas-enigma;
•Ex-libris: poemas escritos para indicar que um livro pertence a alguém;
•Poemas de quatro versos, comumente rimados, muitos trazidos de memória.
Poemas orais
•Tais poemas de tradição oral e popular sempre estiveram vinculados à infância e muitos deles forma resgatados em publicações destinadas e essa etapa da vida;
•Consequentemente, muitos foram os autores que beberam na fonte do poema oral como modo de compor seus próprios poemas.
Por que tanta poesia?
•A poesia é a pérola da nossa infância também, pois, junto às cantigas e aos demais poemas orais, crescemos e descobrimos o mundo que nos rodeia, um mundo cheio de “tutus marambás”, “bois da cara preta”, em que existe vida e morte, amor e decepção (“O anel que tu me deste era vidro e se quebrou./ O amor que tu me tinhas era pouco e se acabou.”).
•São muitas as respostas: porque a poesia é a infância da humanidade, porque a poesia sempre esteve conosco desde a infância, porque a poesia é a memória de um povo, é a nossa memória, porque poesia é corpo e palavra ...
•“Alguns meninos e suas leituras:o poema para a infância entre a escola e a rua” – Revista Tigre Albino (http://www.tigrealbino.com.br), v. 1, nº 1;
•“Poesia e escola: caminhos entre o didático e o literário” - Revista Tigre Albino (http://www.tigrealbino.com.br), v. 2, nº 3;
•“Na mão direita tem uma roseira: oralidade, escrita e leitura de poemas entre alunos de Ensino Fundamental”, http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/viewFile/4746/3575
•Blog Álbum de Brincadeiras - http://albumdebrincadeiras.blogspot.com/ ;
•“Entre professores-poetas e poetas-professores: Caminhos do poema para a infância” - http://www.ple.uem.br/3celli_anais/trabalhos/estudos_literarios/pdf_literario/048.pdf ;
•“Entre canções e versos: Alguns caminhos para a leitura e a produção de poemas na sala de aula” - http://www.ihu.unisinos.br/uploads/publicacoes/edicoes/1187640185.59pdf.pdf .
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Prêmio FNLIJ 2010 – Produção 2009
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Programas de Leitura Lendo pra Valer e Fome de Ler têm inscrições abertas
terça-feira, 18 de maio de 2010
Narrativas e Literatura Endereçadas à Infância - Gláucia de Souza
Alguns fatos importantes para a publicação de livros endereçados à infância:
-Século XIX – Implantação da Imprensa Régia no Brasil (1808);
- Nascimento de um público com necessidade de se instruir após a Proclamação da República (1899);
-Carlos Jansen e Figueiredo de Pimentel: tradução e adaptação de obras estrangeiras para a infância (Contos seletos das mil e uma noites – 1882; Contos da carochinha (1894) e Histórias da avozinha - (1896);
-Júlia Lopes de Almeida e Adelina Lopes de Almeida – Contos Infantis (1886);
-Olavo Bilac e Coelho Neto – Contos pátrios (1907);
Em busca de uma narrativa autoral feita no Brasil
- Algumas obras estrangeiras influenciaram autores a produzirem “versões” nacionais: personagens crianças vivenciam situações de conhecimento da própria pátria (protagonistas crianças);
- Através do Brasil (Olavo Bilac e Manuel Bonfim – 1910): conta a história de Carlos e Alfredo que cruzam o Brasil de norte a sul;
- Saudade (Tales de Andrade – 1919): Mário, protagonista, narra sua infância até decidir ser agrônomo.
Monteiro Lobato: “pai” da Literatura Infantil Brasileira
— A menina do Narizinho Arrebitado (1921):
- Linguagem atraente à infância;
- Introdução da oralidade tanto na fala das personagens, quanto na do narrador;
- Visão da criança;
- Em 1931, Reinações de Narizinho.
Anos 30 e 40:
— Histórias da velha Totônia (José Lins do Rego, 1936);
— O boi Aruá (Luís Jardim, 1940);
— Alexandre e outros heróis (Graciliano Ramos, 1944);
— Histórias da lagoa grande (Lúcio cardoso, 1939);
— As aventuras do avião vermelho (Érico Veríssimo, 1936);
A terra dos meninos pelados (Graciliano Ramos)
— Instituições voltadas ao fomento da leitura (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – 1968);
— Premiações e valorização da literatura endereçada à infância;
— Revista Recreio (maio de 1969);
— Ruth Rocha, Ana Maria Machado, Joel Rufino dos Santos, Sônia Robato...
Anos 80
— O “boom” da Literatura Infantil e Juvenil:
- Autores (ilustradores que escrevem);
- Cada vez mais há a consolidação no meio editorial;
- Reflexões no meio acadêmico voltadas para o gênero (seminários, pesquisas...).
— AGUIAR, Vera Teixeira de (coord.) era uma vez na escola: formando educadores para formar leitores. Belo Horizonte: Formato, 2001.
— COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil: teoria, análise e didática. São Paulo: Moderna, 2000.
— ZILBERMAN, Regina. LOJOLO, Marisa. Literatura infantil: história e histórias. 2 ed. São Paulo: Ática, 1985.
terça-feira, 11 de maio de 2010
Afinal, o que chamamos de Literatura Infantil? - Gláucia de Souza (parte 2)
•Contos da Mamãe Gansa (Contes de ma Mère l´Oye)– 1697;
•Reinado de Luís XIV;
•Contos coletados junto a fontes populares;
•Há nos contos uma moral, um fundo didático.
Exemplo: Chapeuzinho Vermelho
Jacob e Wilhelm Grimm
•Contos de fadas para crianças e adultos (Kinder und Hausmaerchen), 1812-1822;
•Estudos de Gramática Comparativa e Filologia;
•Principais informantes: Katherina Wieckmann (camponesa) e Jeannette Hassenpflug.
Exemplo: Chapeuzinho Vermelho
Hans Christian Andersen
•Poeta e novelista dinamarquês;
•Eventyr, 1835 à 1872;
•Fusão entre o pensamento mágico das origens arcaicas e o pensamento racional dos novos tempos;
•Textos autorais/ fontes da cultura popular;
Exemplo: A princesa e o grão de ervilha.
Algumas sugestões para aprofundamento
•Livros sobre Literatura Infantil e Juvenil:
AGUIAR, Vera Teixeira de (Coord.). Era uma vez... na escola: formando educadores para formar leitores. Belo Horizonte: Formato, 2001.
CADERMATORI, Lígia. O que é literatura infantil. 3 ed. São Paulo: Brasiliense, 1987.
COELHO, Nelly Novaes. O conto de fadas: símbolos, mitos e arquétipos. São Paulo: DCL, 2005.
COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil: teoria, análise, didática. São Paulo: Moderna, 2000.
GÓES, Lúcia Pimentel. Introdução à literatura para crianças e jovens. São Paulo: Paulinas, 2010.
JACOBY, Sissa (Org.). A produção cultural: do brinquedo à literatura. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2003.
SOUZA, Glória Pimentel Correia de. A literatura infanto-juvenil brasileira vai muito bem, obrigada!. São Paulo: DCL, 2006.
Documentos disponíveis na internet:
AZEVEDO, Ricardo. “Livros para crianças e literatura infantil: convergências e dissonâncias”. Disponível em http://www.ricardoazevedo.com.br/Artigo01.htm, acesso em 11 de abril de 2010.
•Páginas interessantes:
•Dobras da Leitura: http://www.dobrasdaleitura.com/index.html
•Imaginária: http://www.imaginaria.com.ar/
•Tigre Albino (revista de poesia): http://www.tigrealbino.com.br/
•Jangada Brasil: http://www.jangadabrasil.com.br/index.asp
•Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil: http://www.fnlij.org.br/
•O Balainho: http://www.dobrasdaleitura.com/balainho/index.html
•Literatura Infantil (site português): http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/infantil/autores.htm
•IIBY: http://www.ibby.org
•Projeto Memória de Leitura: http://www.unicamp.br/iel/memoria/
Afinal, o que chamamos de Literatura Infantil? - Gláucia de Souza
•É uma PRODUÇÃO CULTURAL;
•Mas... Nem toda produção cultural para a infância é literatura...
Literatura Infantil: objeto cultural
•A leitura está presente em muitas produções culturais endereçadas à infância: a leitura de literatura é uma dessas formas de leitura;
•A literatura infantil é uma produção cultural. Existem outras produções culturais destinadas à infância;
•Como arte, a literatura infantil deve oferecer ao leitor qualidades estéticas;
•Como arte, a literatura deve oportunizar um enriquecimento pessoal no que diz respeito às questões existenciais (pessoais e dos grupos sociais).
Cabe ao mediador de leitura estar atento às diferentes produções culturais direcionadas à infância, bem como analisá-las, para, assim, as poder diferenciar.
Literatura Infantil é antes de tudo Literatura:
A Literatura Infantil é, antes de tudo, literatura; ou melhor, é arte: fenômeno de criatividade que representa o mundo, o homem, a vida, através da palavra. Funde os sonhos e a vida prática, o imaginário e o real, os ideais e sua possível/impossível realização.
COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil: teoria, análise, didática. São Paulo: Moderna, 2000, p. 27.
Algumas reflexões sobre a adjetivação infantil
•Infantil significa simplificação?
•Infantil significa menoridade?
•Infantil significa destinado à infância?
•Infantil significa feito por crianças?
•Infantil significa lido por crianças?
Uma breve pincelada histórica:circunstâncias que favoreceram a denominação Literatura Infantil
•Ascensão da burguesia na sociedade europeia (séc XVIII);
•Valores burgueses mudaram a relação adulto-criança (invenção da infância?);
•Mudanças na concepção de família (família nuclear: pai, mãe, filhos);
•Instituições como a escola também passaram a se dedicar à criança, como o futuro adulto que desempenharia seu papel na mentalidade burguesa.
CURIOSIDADE:
No século XVII surgiram clássicos como Robinson Crusoe (Daniel Defoe, 1660-1731 )e As viagens de Gulliver (Jonathan Swift, 1667-1745).
Qual matéria literária constituiu o que chamamos Literatura Infantil?
•Mitos: relatos universais cuja finalidade é explicar fatos relativos à origem e à evolução o universo;
•Lendas: como os mitos, têm por finalidade explicar o desconhecido, mas em âmbito local;
•Fábulas: narrativas curtas, com tom moralista, em que ocorre a analogia entre as personagens (muitas delas animais) e o comportamento humano;
•Contos maravilhosos: apresentam situações humanas em que o fantástico é fundamental;
•Adaptações de clássicos;
•Narrativas autorais;
•Poemas orais: cantigas, parlendas, adivinhas etc;
•Poemas autorais;
•Narrativas em versos.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
II Congresso Internacional de Leitura e LIJ na PUCRS
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Dica de site
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Como elaborar um projeto de leitura? – a escolha do acervo (Gêneros da Literatura Infantil) - Beth Baldi - parte 2
Biblioteca todos os dias
Leitura socializada
Leitura individualizada
Unidade de leitura
Variam quanto a:
•objetivos específicos
•escolha dos textos
•periodicidade e tempo
•apresentação dos textos
•formas de exploração
BIBLIOTECA TODOS OS DIAS
- Conhecimento do acervo
- Familiarização c/ o espaço da biblioteca: suas funções, funcionamento, organização e regras
Os próprios alunos manuseiam os livros, escolhem-nos nas estantes e os guardam, construindo uma familiaridade c/ os diferentes gêneros da literatura e tb com outros tipos de textos e suportes: jornais, revistas, informativos (Ciências Naturais e Sociais, livros de Arte, dicionários, atlas), enciclopédias etc.
Leitura individual ou em duplas
20 a 30 min diários
Acompanhamento próximo da professora
Exploração: recomendações ou propaganda dos livros, levantamento de preferências, comentários c/ profª e colegas
Texto de livre escolha do aluno
LEITURA SOCIALIZADA
Mensal, bimestral ou trimestral, conf. o volume de texto da obra escolhida
- A professora lê a obra aos alunos, em capítulos diários, previamente selecionados e organizados.
- O texto está num nível um pouco além do que os alunos teriam condições de ler sozinhos.
- Exploração: comentário ou discussão que mobilize os alunos para a leitura que começa/continua, lembrando o capítulo anterior
Leitura em casa
LEITURA INDIVIDUALIZADA
- Obra que o aluno seja capaz de ler sozinho
- Prazo de 1 mês e meio, aproximadamente
- Desenvolvimento da capacidade autônoma de leitura, sendo capaz de recomendar e/ou recontar
(1ª leitura indiv.: biblio da sala)
Exploração: seminário, em que cada um traz um pouco do que pensou e sentiu com a leitura, compartilhando c/ os outros e se enriquecendo c/ as diferentes visões e leituras; expressão a/p do texto: dramatização, declamação, expressão plástica etc.
UNIDADE DE LEITURA
Textos escolhidos a partir de um determinado foco
Aproximadamente 2 textos por semana
Unidades bimestrais ou trimestrais, conf. organização da escola
Propostas específicas c/ cada texto:
•trabalho oral e escrito de interpretação
•análise de diferentes aspectos: conteúdo, linguagem, estrutura e formatação, universo vocabular, construções típicas, narrador, efeitos interessantes etc.
•leitura nas entrelinhas e p/ além de sua pp leitura
Os alunos têm acesso ao mesmo texto: em grupos, duplas ou individualmente, se possível
Reconhecimento da linguagem como um recurso utilizado pelos autores para atingir determinado resultado
Conhecimento mais aprofundado da obra de determinado autor ou de determinado gênero de texto
Ampliação das capacidades de:
•compreensão e interpretação de texto, construindo relações e sentidos
•comparação, inferência, formulação de perguntas, posicionamentos ou argumentos a respeito dos textos - seu conteúdo ou forma
•análise retórica do texto
COMO ELABORAR UM PROJETO DE LEITURA:
•Inseri-lo em uma proposta mais ampla de leitura
•Mergulhar na obra (do autor, em determinado gênero ou tema que será abordado, buscando os clássicos e os contemporâneos de maior qualidade)
•Discutir, compartilhar ideias e opiniões com seus pares (equipe) sobre as obras, seus autores e ilustradores
•Caracterizar determinado conjunto de textos escolhido (seminário), em termos de conteúdo (temas), linguagem, estrutura etc., buscando definir o que será trabalhado em cada série
•Selecionar os textos a serem trabalhados em cada modalidade de leitura e em cada série/grupo
•Elaborar as propostas por texto, pensando nos produtos finais e nos fechamentos (socialização)
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Como elaborar um projeto de leitura? – a escolha do acervo (Gêneros da Literatura Infantil) - Beth Baldi - parte 1
Projeto de leitura ou proposta de leitura?
Projeto – planejamento restrito a um determinado período de tempo, a/p de um determinado conjunto de textos, p/ uma determinada série ou turma
Proposta de leitura – algo mais amplo, p/ uma determinada escola/instituição ou programa, p/ uma determinada etapa da escolaridade/faixa etária, e que inclui PROJETOS
PROPOSTA DA ESCOLA PROJETO
OBJETIVOS GERAIS
Desenvolver o pensamento letrado dos alunos, no sentido da apropriação cada vez maior e mais abrangente da linguagem escrita dos textos literários
Aperfeiçoar a compreensão leitora e as possibilidades de estabelecimento de relações e construção de sentidos, bem como a fluência e a expressividade na leitura pelos alunos
Utilizar a leitura como fonte de prazer e informação, ampliando o repertório dos alunos com diferentes gêneros de textos, autores, ilustradores e recursos da linguagem escrita, e construindo uma história de leitor
PRINCÍPIOS:
Diversidade
São diferentes textos e formas de leituras, bem como situações, tempos e dinâmicas variadas de trabalho p/ explorá-los, em que alunos e professores vão exercendo diferentes papéis.
Simultaneidade
Essas diferentes modalidades e propostas de trabalho coexistem, ou seja, acontecem simultaneamente num mesmo período (dia, semana, trimestre, ou numa mesma hora), interrelacionando-se.
Continuidade
Também sustentam-se e se mantém no tempo, cada uma seguindo sua sequência, se desenvolvendo e chegando a um fechamento, para logo ser retomada sob outro foco ou abordagem.
Assiduidade
Às mesmas práticas se volta, diária e reiteradamente, como num espiral em que se vai e volta o tempo todo, revendo o que já se fez e viveu.
Progressão
Mas essa volta constante deve sempre ampliar e diversificar, de modo que a cada vez se volte mais enriquecido. Ou seja, é uma volta, mas nunca é exatamente igual, pois as propostas tem desafios ou níveis de complexidade cada vez maiores, provocando avanços progressivos.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS GERAIS:
- Uso do próprio livro
- Leitura e não contação
- Exploração do texto c/ jogos e brincadeiras
- Diferentes possibilidades de leitura pelos alunos
- Importância das intervenções da profª, lançando desafios e propostas, informando, auxiliando os alunos a estabelecerem relações e formularem ideias
- Importância de critérios claros p/ seleção de textos
Seleção criteriosa dos textos
• diferenciar categorias existentes: didáticos e paradidáticos, de um lado, e literatura de outro
• separar “o joio do trigo” para oferecer aos alunos a literatura de melhor qualidade de que se dispuser
“Procuro, neste assunto, ter em mente a frase de Thomas Mann, segundo a qual a leitura de bons livros deveria ser proibida, porque existem os ótimos – mas não sou tão radical. Há muitos livros apenas “bons” que merecem ser lidos, e nem sempre o bom e o ótimo são classificados uniformemente por leitores diferentes...”.
José Mindlin,
Uma vida entre livros – reencontros com o tempo (1997)
Escolhe-se, em todas as modalidades de leitura, livros ou textos que:
sejam literatura - temas humanos, mesmo que banais e cotidianos, mas sem lições de moral e permitindo troca de impressões, contato com uma linguagem expressiva, renovadora e poética, e discussão de temas que especulam sobre o significado da existência; quer dizer, que não sejam textos descartáveis, de que nunca mais os alunos se lembrarão e que não foram capazes de lhes tocar de nenhuma maneira
tenham um projeto gráfico bem cuidado e atraente - atenção especial às ilustrações para que sejam não somente complementares ao texto mas que também possam ser instigantes para o leitor quando transcendem ao texto
estejam adequados à idade dos alunos a que se destinam - sem nunca menosprezar a capacidade do leitor
quinta-feira, 15 de abril de 2010
PROJETO FAROL DA LEITURA (Minas do Leão)
“Toda leitura cultural tem sempre um destino, não caminha a esmo. Esse destino pode ser a busca, a assimilação, a retenção, a crítica, a comparação, a verificação e a integração de conhecimentos”. (Gagliano, 1979)
UM BOM LEITOR É AQUELE QUE . . .
•Lê com objetivo determinado
•Lê unidades de pensamento
•Tem vários padrões de velocidade
•Avalia o que lê
•Possui um vocabulário
•Tem habilidade para reconhecer o valor do livro
•Sabe quando deve ler um livro até o fim, quando interromper a leitura definitiva ou periodicamente
•Discute frequentemente o que lê com os colegas
•Lê vários assuntos
•Adquire livro com frequência e cuida de ter sua Biblioteca particular
•Lê muito e gosta de ler
•O bom leitor é aquele que não só é bom na hora da leitura (. . .) é constantemente um leitor. Não só lê, mas sabe ler.
(Salomon,1972)
REGRAS ELEMENTARES PARA A LEITURA:
• entender o que se lê;
• avaliar o que se lê;
• discutir o que se lê;
• aplicar o que se lê.
(Gagliano,1979)
UMA LEITURA PROVEITOSA. DEVEMOS CONSIDERAR:
•atenção;
•intenção;
•reflexão;
•espírito crítico;
•análise;
•síntese;
•velocidade.
JUSTIFICATIVA
Conhecer mais sobre a leitura que desenvolvemos, tem sido uma contínua provocação, visto ser comum ouvirmos referências sobre a não-leitura dos alunos que nos levam a busca de encontrarmos novas formas de pensarmos a leitura – contínua presença, na formação dos estudantes. Ao repensá-la, encontrarmos novas formas de lidar com ela, no processo de ensino-aprendizagem.
Acreditamos ser possível estabelecermos vínculos professor-leitura-aluno, de maneira a contribuir-se decisiva e positivamente, na formação do aluno-leitor. O pressuposto, que leva este projeto considerar a leitura uma tarefa “afetiva”, concomitante com a razão e o pensar. Isso porque vamos ao texto (a menos que tenhamos “obrigação” de ler, como, por exemplo, na vida educacional, quando temos solicitações de leitura, no cumprimento das exigências de cada disciplina) porque ela faz parte do nosso entorno, da nossa vida. No texto, procuramos informações, diversão, ou elementos que nos ajudem a rever, aprofundar, comprovar idéias. Através de diferentes autores, vamos constituindo/aprofundando nossa visão de mundo. Desta maneira, encontramos respostas e novas perguntas, nos textos. Se fazemos da nossa vida um contínuo caminhar, rumo à nossa melhoria (viveremos melhor e mais felizes), enquanto seres humanos, tendo em vista nos aprimorarmos nos caminhos que escolhemos para trilhar, estas perguntas e respostas constituem, sempre, fonte de prazer em nossa vida, quer seja no âmbito pessoal, educacional e/ou profissional.
Visto sermos diferentes, em nossas trajetórias de vida, nossas formações, informações, metas a alcançar e escolhas de rumos a percorrer, também são diferentes. Assim, há que se identificar o significado de “bom leitor” entre os estudantes, e entender-se os elementos que levaram as pessoas - tendo-se presente suas idiossincrasias - a gostarem de ler, ou o quê, na percepção delas, poderia tê-las levado a ler. De posse dessas informações, poderemos transpô-las para situações de leitura cotidiana.
PÚBLICO-ALVO
OBJETIVOS
Geral
•O objetivo das Oficinas do Projeto “Farol da Leitura” é o desenvolvimento da cidadania cultural, com exercícios de leitura conceitual e a qualificação de leitores. As oficinas literárias e filosóficas do projeto são oferecidas preferencialmente aos educadores – grandes aliados deste projeto, junto com os artistas da palavra escrita para que após a preparação sejam grandes colaboradores no desafio de um espaço aberto para pensar, propor, indagar, contar, exibir sons, tons e nuances que a leitura remete.
Específicos
•propiciar um espaço de encontros e de trocas culturais a partir do livro e da leitura, entre autores e leitores, artistas e seus públicos;
•promover oficinas literárias e filosóficas preferencialmente aos educadores , possibilitando condições de um trabalho prévio à realização da Feira do Livro;
•contribuir com estudos sobre a leitura, com vistas a repensar e reorientar o ato de ler;
•identificar o que significa ser “bom leitor”, na concepção dos professores e dos alunos;
identificar elementos intervenientes na leitura, feito pelos professores e pelos alunos, e que propiciam o surgimento do prazer de ler.
O Projeto “Farol da Leitura” tem como critério de escolha a qualidade literária e a diversidade de gêneros, incluindo também, livros que fundamentam a importância da leitura e da literatura na formação dos sujeitos. Os educadores do município podem refletir sobre suas práticas de leitura, como também das políticas públicas em relação à formação de educadores e de incentivo à leitura.